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Avanços no projeto de normas de risco geológico para o turismo no Brasil

Em 10/10/24 14:11. Atualizada em 28/11/24 09:19.

Texto: Natalia Buck*

Em 2022, foi lançado o projeto pioneiro no Arquipélago de Fernando de Noronha, conduzido pela professora Dra. Joana Paula Sanchez, geóloga da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT) da Universidade Federal de Goiás (UFG), em parceria com o professor Dr. Fábio Reis da Universidade Estadual Paulista e com a Carolina Reis, geóloga do Serviço Geológico do Brasil, com foco na criação das primeiras normas de risco geológico para o turismo no Brasil. Agora, dois anos depois, o projeto revela avanços significativos e novas descobertas que têm contribuído não apenas para a segurança turística, mas também para o entendimento geológico do arquipélago.

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O trabalho para a criação de normas de risco geológico em áreas turísticas foi iniciado em 2022 e agora, a grande novidade foi a criação do primeiro sistema de gestão de risco geológico no Parque Nacional de Fernando de Noronha. Esse sistema, que já está sendo finalizado e será apresentado oficialmente em setembro de 2024, é um marco no Brasil e representa um grande avanço para áreas turísticas do país. O sistema foi desenvolvido para minimizar riscos associados à geologia em áreas visitadas, proporcionando maior segurança para turistas e habitantes locais. A previsão é de que, após a entrega e implementação do sistema, novas áreas turísticas pelo Brasil possam adotar o modelo, garantindo um turismo mais seguro em zonas de risco. Além da criação das normas de segurança, o projeto tem gerado grandes impactos na educação e extensão geológica. A equipe de geólogos tem capacitado guias turísticos, servidores do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e membros da comunidade local, promovendo o conhecimento sobre a geologia da ilha. Outro aspecto importante tem sido a preservação e divulgação do patrimônio geológico de Fernando de Noronha, que conta com rochas raras e de extrema importância mundial. Segundo a professora Joana, há uma preocupação constante com o manejo responsável dessas rochas, tanto no que diz respeito à coleta científica quanto à exposição para turistas. A professora também explica um pouco sobre como as mudanças climáticas vêm trazendo desafios para a segurança geológica nas áreas turísticas brasileiras como Fernando de Noronha. “As mudanças climáticas estão diretamente ligadas com o que acontece em Fernando de Noronha, pois além da temperatura, que afeta diretamente o oceano, a extrema seca e chuvas carregadas, acarreta um aumento do risco geológico das quedas de blocos” explica a docente. Diante dessa situação, o projeto realiza o monitoramento dessas áreas e avalia como as variações climáticas podem impactar o risco geológico no arquipélago.

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Com a finalização do sistema de gestão de riscos e o contínuo trabalho de educação e preservação, a equipe de geólogos segue comprometida em tornar o turismo brasileiro mais seguro e sustentável, aliando ciência, conservação e desenvolvimento turístico.

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*Natalia Buck é integrante do programa de estágio entre a Faculdade de Ciências e Tecnologia, Faculdade de Informação e Comunicação e Secretaria de Comunicação da Universidade Federal de Goiás, sob orientação de Rayssa Costa.