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Energia solar fotovoltaica continua viável apesar das novas Regras Regulatórias

Em 13/12/23 11:30. Atualizada em 14/12/23 08:48.

Por Luanny Arantes*

José Eduardo Stort Fernandes, aluno de mestrado em Engenharia de Produção na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Federal de Goiás - Câmpus Aparecida de Goiânia (FCT/UFG), conduziu uma pesquisa inovadora sobre o impacto econômico do autoconsumo em sistemas fotovoltaicos conectados à rede, considerando o novo cenário regulatório. Orientado por Fernando Nunes Belchior e José Luis Domingos, o estudo utilizou análises probabilísticas, incluindo o Método de Monte Carlo, e considerou as tarifas das 50 maiores distribuidoras de energia do Brasil no âmbito da GD, representando 99% da potência instalada.

No Brasil, a Geração de Energia Solar Fotovoltaica mantém sua Viabilidade Residencial e Comercial Sob o Novo Marco Regulatório. A geração de energia solar fotovoltaica continua sendo uma escolha atrativa para consumidores residenciais e comerciais no Brasil, mesmo diante das recentes mudanças trazidas pela Lei 14.300/2022. Esta legislação, em vigor desde 6 de janeiro de 2023, estabeleceu o marco legal da Geração Distribuída (GD) e o Sistema de Compensação de Energia Elétrica.      

Os resultados destacaram a influência direta do índice de autoconsumo, também conhecido como fator de simultaneidade, na viabilidade econômica de projetos de GD dentro das novas regras. A combinação de tarifas mais baixas com índices de autoconsumo reduzidos mostrou-se determinante na potencialização de riscos econômicos.

Ao comparar com o cenário regulatório anterior, a pesquisa revelou que, embora em alguns cenários a implementação de sistemas fotovoltaicos seja menos atrativa, ela permanece economicamente viável na maioria dos casos.

O estudo de Fernandes contribui significativamente para o setor de GD no Brasil, oferecendo uma ferramenta que aprofunda a compreensão da análise de viabilidade econômica e incorpora métricas cruciais para a tomada de decisões, fortalecendo o planejamento energético do país.

O gráfico apresentado no estudo destaca a viabilidade do investimento em energia solar fotovoltaica, com um período de retorno (payback) inferior a 25 anos, coincidindo com a vida útil dos painéis solares. O Fator de Simultaneidade (FS), indicando o uso da energia elétrica durante os períodos de sol, revela que quanto maior, mais viável é o negócio na geração de energia solar fotovoltaica. A mensagem clara é que o setor solar continua promissor mesmo em meio às mudanças regulatórias.

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 Em meio às mudanças trazidas pela Lei 14.300/2022, a pesquisa de José Eduardo Stort Fernandes destaca a continuidade da viabilidade econômica da energia solar fotovoltaica no Brasil. A influência direta do índice de autoconsumo, aliada a tarifas competitivas, permanece crucial para mitigar riscos.

A comparação com o cenário anterior reforça que, apesar de alguns cenários menos atrativos, a implantação de sistemas fotovoltaicos mantém-se economicamente viável. A ferramenta desenvolvida contribui para decisões mais informadas, impulsionando a transição do país para fontes de energia sustentáveis.

Em suma, o investimento em energia solar fotovoltaica não apenas atende a uma demanda ambiental crescente, mas também se consolida como uma escolha economicamente sólida para consumidores residenciais e comerciais, solidificando seu papel no futuro energético do Brasil.

*Luanny Arantes é integrante do programa de estágio entre a Faculdade de Ciências e Tecnologia, Faculdade de Informação e Comunicação e Secretaria de Comunicação da Universidade Federal de Goiás, sob orientação de Rayssa Costa.