PROJETOS

Palestra Inovação e Indústria 4.0 reúne alunos e empresários de Aparecida de Goiânia

Em 17/12/19 12:26. Atualizada em 22/01/20 10:07.

Alunos do Mestrado Profissional de Engenharia de Produção da FCT/UFG promoveram palestra para empresários da região de Aparecida de Goiânia

Por Thais Molina*

Na última quarta-feira (11), os alunos e docentes do Mestrado Profissional de Engenharia de Produção (PPGEP) da Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade Federal de Goiás - Campus Aparecida de Goiânia (FCT/UFG) promoveram a palestra “Inovação e Indústria 4.0”. O evento aconteceu no All Park Polo Empresarial, em Aparecida de Goiânia e reuniu cerca de trinta pessoas entre estudantes, professores e empresários do município.

Ao todo, foram realizadas três palestras. A primeira foi dirigida pelo mestrando do PPGEP e Diretor de Operações da Cogni, Pedro Antônio Mendonça, que abordou sobre a Indústria 4.0. Em sua palestra, Pedro Mendonça falou sobre os níveis e o processo de maturidade da Indústria 4.0, apresentando sua prática e como as técnicas de Machine Learning podem contribuir para as indústrias.

PALESTRA INDUSTRIA 4.0Na foto, o mestrando Pedro Mendonça

Em entrevista, Pedro Mendonça relatou que a Indústria 4.0 contribui para uma maior economia e produção industrial. Para o estudante, no cenário de Aparecida de Goiânia, a Indústria 4.0 consegue mostrar para o pólo industrial do município que existem muitas ferramentas no mercado que podem ser aplicadas com baixo custo, ao proporcionar maior produtividade e mais tecnologia. Além disso, “esse contato com o mundo digital e com as novas tecnologias é o que traz a produtividade, a continuidade e a competitividade para o pólo de Aparecida de Goiânia”, afirmou Mendonça.

Wagner Neto, Head de Produto da IndustryCare e Community Leader InovAtiva Brasil, apresentou a inovação aberta na indústria (Open Innovation) que consiste na colaboração entre empresas, indivíduos e órgão públicos para criar produtos e serviços inovadores. Os casos de grandes empresas como P&G, Natura, Lego e Nívea, foram apresentados como exemplos de inovação empresarial. Em entrevista, o mestrando Wagner Neto afirmou que um dos benefícios de se fazer inovação aberta é que por meio de um time de colaboradores internos e externos, com expertises, experiências e conhecimentos que a empresa não necessariamente tem, é possível fazer uma inovação mais rápida, segura, com riscos e custos menores e em uma velocidade maior.

Além disso, Wagner Neto falou sobre as startups que trabalham com a inovação aberta e com modelos rápidos de desenvolvimento. O estudante, que também é startupeiro, explicou que o grande benefício de participar de um processo de inovação aberta para uma startup, é a conexão com uma grande empresa. “É ótimo para validar seu produto/serviço e se desenvolver, além de ser também uma forma da startup ter um case em seu portfólio e se conectar com grandes empresas”, relatou Neto.

INOVAÇÃO ABERTA Na foto, o mestrando Wagner Neto

Por fim, a apresentação do mestrando e Diretor Técnico da Irontec Construção, César Valmor Mortari, expôs a pesquisa “Grau de Inovação das Indústrias do Polo Industrial de Aparecida de Goiânia”, realizado pelos estudantes da disciplina "Tópicos Especiais em Estratégia e Organizações" do PPEGEP. A pesquisa com empresas do pólo de Aparecida de Goiânia tem o objetivo de obter um diagnóstico do setor industrial da cidade. De acordo com os dados obtidos até o momento, para cada 1% de investimento em tecnologia e inovação, recebe-se 10% em retorno de recursos.

O estudo ainda está em andamento e os resultados obtidos serão apresentados para a comunidade empresarial no próximo ano, como forma de aproximar a universidade com o setor empresarial. A pesquisa pretende ser anual e segundo Mortari, “será possível ter um desenho de como a inovação nas indústrias no município está hoje e como será sua evolução com o tempo”. 

PESQUISANa foto, o mestrando César Montari

 

Projetos

O evento contou ainda com a apresentação dos projetos de pesquisa dos mestrandos do PPGEP, que também foram desenvolvidos ao longo da disciplina. Ao todo foram apresentados quatro projetos. 

 

  • Projeto Placa Solar Rastreadora

Criado pelo grupo dos mestrandos Jardeson Silva, Murilo Moraes e Silvia Wilk, o projeto consiste em um sistema de produção de energia, a partir de uma placa solar de eixo norte-sul com inclinação de 90º, capaz de acompanhar o percurso do Sol ao longo do dia assim como coletar e enviar dados sobre voltagem e potência para um aplicativo que pode ser acessado de qualquer lugar. 

PROJETO 1Na foto, os mestrandos Jardeson Silva, Murilo Moraes e Silvia Wilk

  • Projeto Berço IoT

A proposta inicial do projeto dos mestrandos Danilo Augusto Santana, Matheus Damaceno e Brício Cunha é uma resposta ao clima da região metropolitana de Goiânia e Aparecida de Goiânia, que por ser muito seco causa doenças respiratórias que prejudicam, principalmente, crianças e idosos. O projeto consiste em uma interface que identifica padrões como a temperatura e umidade do ambiente, por exemplo, que ajudam a identificar as possíveis causas do choro da criança dentro do berço. O sistema, conectado a internet, envia os dados coletados para um aplicativo que pode ser acessado e monitorado pelos pais/responsáveis de qualquer lugar. 

PROJETO 2Na foto, os mestrandos Danilo Augusto e Matheus Damaceno

 

  • Projeto Controle e Monitoramento da Temperatura do Ar Condicionado

Idealizado pelas mestrandas Amanda Falcão, Gabriela de Souza e Camila Cumani, o projeto  busca solucionar um problema enfrentado pela Universidade Federal de Goiás (UFG) em que se o aparelho de ar condicionado estiver ligado em todas as salas, abaixo dos 21º, poderia ocasionar uma queda de energia. Para identificar se o aparelho está abaixo de 21º, o grupo criou um sistema que faz essa identificação. Se o aparelho estiver ligado abaixo da temperatura permitida ele é desligado automaticamente. O sistema também é capaz de verificar a presença/ausência de movimentos dentro da sala de aula, assim, na ausência de movimentos, o aparelho é desligado de forma automática.  

PROJETO 3Na foto, as mestrandas Amanda Falcão e Gabriela de Souza

  • Projeto WaterFlow Go

O projeto dos mestrandos Rogério Teixeira, Pedro Mendonça, César Mortari e Wagner Neto, consiste em um sistema de medição de água capaz de registrar o consumo e a necessidade de reposição de um novo galão, além de manutenção do aparelho. O projeto pode ser usado por empresas distribuidoras de água, que podem fornecer a reposição de galões de água como serviço, assim como por empresas que podem monitorar a necessidade de manutenção dos seus aparelhos ou mesmo medir o seu consumo por meio de um aplicativo.

PROJETO 3Na foto, os mestrandos Wagner Neto, César Mortari, Pedro Mendonça e Rogério Teixeira 

 

PROJETOSNa foto, os mestrandos idealizadores dos projetos de pesquisa

 

*Thais Molina é integrante do Programa de Estágio entre a Faculdade de Ciências e Tecnologia, Faculdade de Informação e Comunicação e Secretaria de Comunicação da Universidade Federal de Goiás, sob orientação de Beatriz Carvalho.

Fonte: Ascom FCT/UFG