FCT/UFG participa de debate sobre cortes na educação na Câmara de Aparecida de Goiânia

Na manhã da última quarta-feira, 15, na Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia, aconteceu a audiência pública sobre o corte anunciado para a educação pelo governo federal. A medida afeta diretamente o funcionamento das instituições públicas de ensino superior. Estudantes, diretores, professores e trabalhadores da educação participaram do evento em defesa da educação.

A audiência foi uma solicitação da FCT/UFG e foi proposta na Câmara pelo vereador William Panda, motivada após o Ministério da Educação (MEC) anunciar um congelamento orçamentário na educação, que nas universidades federais chega a 30% dos recursos e comprometerão o funcionamento das instituições de ensino.

Diretor da FCT/UFG, Prof. Júlio César Valandro, Vereador de Aparecida de Goiânia, Willian Panda e diretora do IFG - Campus Aparecida de Goiânia, Profª. Ana Lucia Siqueira na audiência pública

“Precisamos defender a universidade pública. Precisamos que todas as Casas Legislativas do Estado Goiás abracem a causa e façam uma ação de repúdio aos cortes.”, justificou Panda. O vereador ainda citou dados que comprovam a atuação da UFG junto à comunidade de Aparecida de Goiânia.

O Diretor da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UFG - Campus de Aparecida de Goiânia (FCT/UFG), Professor Julio César Valandro Soares, reforçou que é necessário defender um dos patrimônios mais sagrados do país que é a educação. Soares comentou que o Brasil está no caminho contrário do resto do mundo e que esse corte é um retrocesso para o avanço da ciência e da tecnologia no país.

O diretor ainda explicou que essa medida do governo federal afeta a mudança da FCT/UFG, que hoje funciona nas dependências da UEG, para o novo campus, construído próximo a BR-153. Explicou que a UFG não é contra o ajuste fiscal, mas pontuou que o corte dessa forma é uma barbárie. Também citou projetos importantes que a FCT/UFG desenvolve com as iniciativas públicas e privadas do município e que correm riscos de serem paralisadas por falta de orçamento.

Diretor da FCT/UFG, Prof. Júlio César Valandro Soares

Representando o prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha, o secretário Chefe da Casa Civil, Olavo Noleto, falou sobre o posicionamento da Prefeitura e sua visão pessoal a medida anunciada pelo MEC. “A prefeitura sempre teve parceria com o governo federal e continuará tendo, mesmo atenta às consequências que essas medidas podem trazer. Entretanto, na minha visão pessoal, estou bastante preocupado com o futuro das universidades e, por isso, digo que não podemos deixá-las desamparadas. A UFG, por exemplo, é um pilar estratégico pro desenvolvimento de nossa cidade”, pontuou o secretário.

A Diretora Geral do Instituto Federal de Goiás - Campus Aparecida de Goiânia (IFG), Professora Ana Lúcia Siqueira, discorreu sobre os impactos que a redução dos recursos trarão aos IFG’s. “Estamos lidando com um governo que vê a educação como custo e não investimento. Esse corte não retira o investimento das instituições, pois esse investimento já não existe há algum tempo, e agora, para piorar, estamos caminhando para a total inviabilidade de funcionamento com esses cortes”, alertou Ana Lúcia.

Estudantes, diretores, professores e trabalhadores da educação participaram do debate